Dia Internacional da Mulher
7 - 25 março 2022
MULHERES QUE SE DESTACARAM A NÍVEL NACIONAL E INTERNACIONAL
A dia 8 de março celebra-se o Dia Internacional da Mulher. Este dia foi instituído pelas Organização das Nações Unidas e celebrado pela primeira vez em 1975. A comemoração deste dia tem como objetivo celebrar as conquistas das lutas feministas, que surgiram no final do século XIX e início XX, pelos direitos de igualdade entre géneros, entre eles, o direito de voto. O Parque Nascente celebra este dia e dá a conhecer 10 mulheres, que se destacaram a nível nacional e internacional na luta pela igualdade de género.
MULHERES PORTUGUESESAS
Ana de Castro Osório
Nasceu a 18 de junho de 1872, defendeu a educação como veículo para a igualdade de género. Foi uma das fundadoras da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas e autora do primeiro manifesto feminista português “As Mulheres Portuguesas”. Escritora e ativista, lutou para que as mulheres tivessem os mesmos direitos que os homens no que diz respeito à educação, independência, voto, acesso às profissões e ao salário igual.
Carolina Beatriz Ângelo
Foi a primeira mulher portuguesa a exercer o direito de voto. Nasceu a 16 de abril de 1878 e destacou-se a nível profissional, sendo das poucas mulheres a concluir o curso de medicina na Escola Politécnica e Médico-Cirúrgica de Lisboa. Especializou-se em ginecologia e em 1909, fundou a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas juntamente com outras sufragistas, grupo que lutou pelo direito de voto, direito ao divórcio, pela educação e pela igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres.
Maria de Lourdes Pintassilgo
Conhecida por ter sido a primeira mulher portuguesa, e até à data a única, a exercer o cargo de primeira-ministra. Nasceu a 18 de janeiro de 1930 e licenciou-se em Engenharia Químico-Industrial pelo Instituto Superior Técnico, um curso maioritariamente frequentado por homens. Enquanto Primeira-Ministra, exerceu uma liderança caracterizada pelo diálogo e preocupações sociais. Através das suas ações, demonstrou que as mulheres também podem estar em lugares de poder e escolher as profissões que desejarem.
Catarina Furtado
Uma cara conhecida da televisão que também faz muito trabalho humanitário, sobretudo no que toca às crianças e às mulheres em todo o mundo, que ainda não podem exercer os direitos mais básicos, como a autonomia sobre o corpo e sobre as suas próprias decisões. Faz uso do seu reconhecimento nacional para dar a conhecer esta realidade e para angariar fundos para promover a educação e a sobrevivência destas mulheres.
Clara Não
A ilustradora portuense, usa a sua arte para dar a conhecer o feminismo e a sua importância. A suas publicações coloridas, acompanhadas de longas descrições, ilustram vários temas ligados à igualdade de género e respeito pelos direitos humanos como a violência doméstica, amor próprio, violência obstetrícia, luta contra o racismo e transfobia, e a importância que o feminismo ainda tem hoje em dia. Para além das suas ilustrações, que podem ser compradas através do seu site, Clara já conta com um livro chamado “Miga, esquece lá isso”, onde retrata estes e outros temas de forma simples, descomplicada e divertida.
MULHERES INTERNACIONAIS
Maya Angelou
Poetisa, nasceu a 4 de abril de 1928, no Missouri, Estados Unidos da América. A ativista utilizou os seus poemas para dar forma às suas convicções e à sua luta pela igualdade de direitos, numa américa com ideais racistas e machistas. Para além de poetisa, Angelou foi também escritora, compositora, jornalista e a primeira mulher negra a produzir um filme – Georgia. Em 2011, foi premiada com a Medalha Presidencial da Liberdade pelos seus trabalhos publicados e pelo trabalho ativista que desenvolveu ao longo da sua carreira.
Ruth Bader Ginsberg
A advogada e juíza norte americana, nascida a 15 de março de 1933, foi a segunda mulher a exercer o cargo de Juíza do Supremo Tribunal dos Estados Unidos da América. Ao longo do seu percurso académico e profissional, destacou-se por ser das poucas mulheres numa área ocupada maioritariamente por homens, e pelas suas ideias de defesa dos direitos da mulher. Foi uma das fundadoras do Women’s Rights Law Reporter, o primeiro jornal americano a focar-se, em exclusivo, nos direitos das mulheres, e ainda nessa década escreveu um estudo sobre a discriminação sexual.
Isabel Allende
A escritora chilena, residente nos Estados Unidos da América, nasceu a 2 de agosto de 1942, época de grandes revoluções na América Latina. Jornalista e escritora, desde cedo se apercebeu das diferentes expectativas que a sociedade conservadora onde cresceu, tinha para homens e para mulheres, tornando-se uma voz ativa do feminismo latino e americano. No livro “Mulheres da minha Alma” descreveu as dificuldades que sentiu para singrar no mundo jornalismo e para ser levada a sério, bem como as dificuldades que a sua mãe e outras tantas mulheres passaram, por não poderem agir independentemente.
Malala Yousafzai
Em 2012, Malala sofreu uma tentativa de homicídio, quando um talibã disparou contra a sua face, apenas porque Malala queria prosseguir os seus estudos. No Paquistão, país onde nasceu não é permitido que as meninas estudem, mas Malala acredita que a educação é o principal fator para a igualdade de género e a voz de muitas meninas em todo o mundo que não têm direito a estudar nem a ter uma vida independente. Em 2014 recebeu o Prémio Nobel da Paz, sendo a pessoa mais nova a receber este prémio. Pouco tempo após o ataque exilou-se com a sua família em Birmingham, em Inglaterra e em 2020 terminou o seu curso Filosofia, Política e Economia.
Emma Watson
Conhecida por muitos como Hermione da saga Harry Potter, Watson é mais que uma atriz, é também uma ativista pelos direitos humanos, igualdade de género e sustentabilidade. Em 2014 foi escolhida como Embaixadora da Boa Vontade para a UN Women, a agência das Nações Unidas para igualdade de género e empoderamento das mulheres. Tornou-se também a cara do projeto internacional He For She, que tem como objetivo sensibilizar os homens para os problemas que as mulheres enfrentam devido ao seu género. Emma Watson, também se distinguiu academicamente, conjugando a sua carreira de atriz com a licenciatura em Literatura Inglesa, na Universidade de Brown, nos Estados Unidos.
A equipa Parque Nascente